Ao abordar temas como cultura, arte, arquitetura, urbanismo, cinema, tempo e espaço, David Harvey busca uma reflexão acerca da pós-modernidade e seus reflexos na sociedade contemporânea.
No capítulo 17, A compressão do tempo-espaço e a condição pós-moderna, o autor parte de um questionamento onde estabelece relações entre a passagem do fordismo para a acumulação flexível e sua interferência nos usos e significados do espaço e do tempo.
Harvey aponta a crise do início dos anos setenta como um período de transição de um padrão de acumulação capitalista rígido (o fordismo e suas forças produtivas) aos novos modos de acumulação do capital (a “acumulação flexível”). Explora a ligação com as novas práticas e formas culturais, considerando: a contribuição das novas tecnologias, o surgimento de uma prática de descartabilidade das coisas, o papel do consumo, da moda e a manipulação de opinião e gosto, a partir da construção de novos sistemas de signos e imagens. O autor tece uma rede de ligações entre estas mudanças ocorridas, o modo como tais trocas se deram e a diversificação dos valores de uma sociedade que, para Harvey, se encontra em vias de fragmentação.

>> sobre o autor

PUC-Rio / Departamento de Artes & Design
Programa de Mestrado em Design / 2003.2
Teoria e Crítica do Design
Prof. Dr. Gustavo Amarante Bomfim
Alunas: Joy Till, Julie Pires e Stela Kaz
Trabalho de conclusão do período

Resumo comentado do capítulo 17
A compressão do tempo-espaço e a condição pós-moderna in HARVEY, David. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo, Ed. Loyola, 2003, 12ª ed, p. 257-276